Visita Autoguiada: Coleção Temática de Plantas Medicinais
Olá, seja muito bem-vindo(a)!
Este é um espaço único no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um verdadeiro “laboratório a céu aberto”. Por meio da exposição “Saberes e Olhares Diversos”, este roteiro foi preparado para que você caminhe pela Coleção por conta própria, descobrindo a conexão entre as plantas, a ciência e os saberes tradicionais.
Vamos conhecer a história por trás deste espaço e os objetivos que guiam o nosso trabalho.
Nossa Coleção foi iniciada em 1986 por uma iniciativa das pesquisadoras do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Yara Britto e Tania Sampaio. Hoje, o trabalho é continuado pela pesquisadora Viviane Fonseca-Kruel e sua equipe, que dão continuidade a esse legado.
Trabalhamos com três objetivos centrais:
- Documentar o uso das plantas medicinais no Brasil;
- Conscientizar sobre a importância de conservar tanto as plantas quanto os saberes associados a elas;
- Apoiar a educação e o engajamento do público neste espaço de aprendizado não-formal.
Roteiro da Visita
Para começar, observe o antigo muro de pedras que circunda a Coleção. Ele é um vestígio de uma Casa de Pólvora do período colonial (no século 19 - 1808), sendo hoje uma das áreas mais antigas e históricas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Nesta coleção, você vai encontrar cerca de 170 espécies medicinais. São cultivadas ervas, arbustos e trepadeiras de diferentes origens, tanto nativas do Brasil quanto exóticas, e de diferentes ciclos de vida, anual e perene. Todas elas têm uma história para contar sobre a nossa biodiversidade e as diferentes culturas que as utilizam, mostrando como as plantas estão profundamente ligadas à nossa saúde e bem-estar, unindo a ciência aos saberes mais antigos.
Para se orientar, você pode seguir o mapa no totem, logo na entrada.
Você vai notar que as plantas estão organizadas em quatro grandes temas, cada um identificado por uma faixa de cor própria nas placas. Nós temos: Saúde & Cotidiano (faixa laranja), com plantas que nos auxiliam no dia a dia; Ciência & Cultura (faixa azul), que mostra como as plantas inspiram a arte e a saúde; Sistemas do Corpo Humano (faixa verde), onde você encontra as plantas indicadas para cada parte do nosso corpo; e a Zona de Trocas (faixa roxa), que conta a história da fitoterapia brasileira influenciada por plantas de todo o mundo.
Para guiar a sua visita, observe as placas de identificação das espécies. Você verá que cada uma delas apresenta tanto o nome popular quanto o nome científico da planta. Essa dualidade é muito importante.
O nome popular é a porta de entrada para os saberes ancestrais e tradicionais. Ele carrega a história, a cultura e o uso de uma planta por um povo. No entanto, um mesmo nome popular pode se referir a diferentes espécies, o que pode gerar confusão e até riscos, principalmente no caso das plantas medicinais.
É aí que o nome científico se torna essencial. Ele funciona como um ‘passaporte universal’ da planta, garantindo que a sua identificação seja única e precisa. Por isso, no Jardim Botânico, nosso foco é ter a identificação científica correta, para que os dados sobre as espécies sejam sempre confiáveis.
Agora que já entendemos onde estamos, é hora de começar a nossa caminhada para conhecer as plantas, suas histórias e descobertas. Vamos caminhar?
Caminhando pelos Canteiros
Saúde e Cotidiano: Um Olhar Holístico
Este conjunto se encontra à esquerda do totem do mapa e ele nos mostra que o caminho para a saúde está nas práticas do dia a dia. É uma visão alinhada com o conceito da Organização Mundial de Saúde, que define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
As plantas aqui, com seu papel na imunidade e no equilíbrio, são um lembrete vivo dessa ideia.
Vamos começar pelo canteiro “Lavar a Alma”. Sinta o cheiro da arruda e do alecrim… A arruda (Ruta graveolens), o alecrim (Salvia rosmarinus) e a guiné (Petiveria alliacea) são plantas com forte simbolismo e uso na cultura brasileira, mesmo não sendo nativas. Amplamente utilizadas em rituais de proteção e limpeza espiritual, essas espécies refletem a rica diversidade de tradições religiosas, como as de matriz africana e as indígenas. Além de seu uso simbólico, cada uma também é empregada na medicina popular, embora com cautela, já que a arruda e a guiné possuem certa toxicidade.
Na próxima parada, o canteiro “Temperos da Vida”, nos mostra como a medicina e a culinária estão profundamente conectadas. Sinta o aroma do orégano (Origanum vulgare) e do manjericão (Ocimum basilicum). Além de dar sabor, essas plantas têm propriedades que ajudam na digestão e trazem saúde para o nosso dia a dia.
Por fim, chegamos ao canteiro “Saúde & Beleza”. Veja a famosa babosa (Aloe vera). Ela é muito utilizada em cosméticos e, na medicina tradicional, é um remédio popular para tratar queimaduras e hidratar a pele e os cabelos. Estes canteiros nos mostram como as plantas estão presentes em todas as esferas da nossa vida, do corpo ao espírito.
Ciência e Cultura
Continuando nossa caminhada, chegamos ao Conjunto 2, na cor azul, do canteiro 4 ao 8. Aqui, as plantas nos mostram a fascinante união entre a ciência, a tradição e a cultura.
Vamos explorar o canteiro “Tradição”, onde encontramos a araruta, uma PANC - Planta Alimentícia Não-Convencional. Você sabia que dos rizomas (raízes tuberosas) dessa planta é extraída uma fécula (farinha), um tipo de amido que é a base para o famoso biscoito de araruta? Historicamente, a araruta tem uma forte ligação com a medicina tradicional. Povos indígenas a utilizavam para tratar feridas e picadas de animais. Sua principal característica, no entanto, é a alta digestibilidade. Por isso, a fécula de araruta é frequentemente recomendada na alimentação de bebês, idosos e pessoas com problemas digestivos, como forma de nutrir e acalmar o estômago. É um ótimo exemplo de como a tradição une a alimentação e a saúde.
Ao lado, no canteiro “Ciências e Novas Descobertas”, o destaque é a trepadeira nativa do Brasil, conhecida pelos nomes populares crajiru, ou carajuru, ou pariri (Fridericia chica). A importância do crajiru é tão grande que ele faz parte da RENISUS (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS), um documento que orienta a pesquisa e a produção de medicamentos no Brasil. Essa inclusão demonstra que seus usos tradicionais milenares têm hoje evidências científicas e são de interesse para a saúde pública. É amplamente utilizada na Amazônia, valorizada por suas propriedades medicinais, para doenças do sangue, anemia, inflamações e problemas menstruais.
Seguindo em frente, no canteiro “Plantas Medicinais, Expressões Artísticas e Outros Usos”, o urucum (Bixa orellana) é um arbusto nativo da América tropical, com uma história rica que se estende das tradições indígenas à indústria moderna. Seu nome vem do tupi uruku, que significa “vermelho”, em alusão à cor intensa de suas sementes. Tradicionalmente, povos indígenas usam o urucum para pintura corporal em rituais e em artefatos, além de ser um repelente natural, protetor solar e ter fins medicinais. Atualmente, a planta é amplamente conhecida na culinária como colorau, um tempero que adiciona cor e sabor suave a diversos pratos. Seus pigmentos, a bixina e norbixina, são valorizados como corantes naturais na indústria alimentícia e cosmética, servindo como uma alternativa saudável e versátil aos produtos sintéticos.
A estrela do canteiro “Racionalidades Médicas” é o gengibre (Zingiber officinale). Além de ser um condimento famoso, ele é amplamente reconhecido pelo SUS para tratar gripes, resfriados e problemas de digestão. O gengibre é uma planta herbácea de origem asiática, com registros históricos de uso que remontam a mais de 5.000 anos, sendo uma das especiarias mais antigas do mundo. Por milhares de anos, ele foi e é fundamental nas medicinas tradicionais chinesa e indiana (Ayurveda), reconhecido por suas propriedades digestivas e anti-inflamatórias. Seu rizoma (raíz), que contém o composto picante, tornou-se um ingrediente mundialmente consumido, tanto para a culinária, dando sabor a pratos e bebidas como o quentão brasileiro quanto para fins medicinais.
Por fim, no canteiro “Na Boca dos Povos”, conheça o cipó-mil-homens (Aristolochia cymbifera), uma trepadeira nativa do Brasil. Essa planta nos ensina que o nome de uma espécie pode mudar completamente dependendo da região e da cultura, sendo conhecida também como ambaiá-caá, jarrinha ou angelicó. Tradicionalmente, essa espécie era utilizada na medicina tradicional para diversas finalidades, como auxiliar em partos, tratar problemas digestivos e nervosos entre outras. No entanto, é importante destacar que o consumo desta planta é perigoso, pois evidências científicas identificaram que esta espécie contém o ácido aristolóquico, uma substância que causa danos renais severos entre outros problemas.
Sistemas do Corpo Humano
Vamos agora para o Conjunto 3, na cor verde, dos canteiros compridos do número 9 a 22. Aqui, as plantas estão organizadas de acordo com o sistema do corpo em que atuam, mostrando a precisão do conhecimento medicinal.
No canteiro do Sistema Nervoso, vamos conhecer o famoso guaraná (Paullinia cupana) uma trepadeira nativa da Amazônia, com uma longa história na cultura indígena. Segundo a antiga narrativa dos Sateré-Mawé, a planta sagrada nasceu dos olhos de uma criança divina que foi sacrificada, representando a dualidade de sua semente: a parte branca (olho) e a parte escura (pupila). Considerada uma das maiores fontes naturais de cafeína, as sementes do guaraná são tradicionalmente usadas pelos povos indígenas para aumentar a energia e a resistência, além de tratar dores de cabeça e febres. Atualmente, a planta é um ingrediente global, sendo a base de refrigerantes, bebidas energéticas e suplementos, explorado por suas propriedades estimulantes que melhoram o desempenho físico e mental.
Seguindo em frente, no canteiro do Sistema Músculo-Esquelético, está a erva-baleeira (Varronia curassavica), também conhecida como caimbê no litoral fluminense - Região dos Lagos. É um arbusto nativo da Mata Atlântica, é valorizado por suas propriedades anti-inflamatórias. Na medicina popular, as folhas são tradicionalmente usadas (uso tópico) em compressas e chás para aliviar dores, reumatismo e inflamações. Há evidências científicas do óleo essencial compostos como o alfa-humuleno e o beta-cariofileno, que possuem forte ação analgésica. Atualmente, a erva-baleeira é utilizada na indústria farmacêutica em medicamentos fitoterápicos para o tratamento de dores e inflamações.
Próximo, no canteiro do Sistema Respiratório, você vai ver o mandacaru (Cereus jamacaru). É um cacto nativo da Caatinga é um símbolo de resistência. Sua floração noturna é vista como um sinal de esperança, indicando o fim da seca. Para as comunidades locais, o mandacaru é um recurso vital: seu fruto é comestível, e a planta armazena água, sendo uma fonte crucial de hidratação. Além de ser valorizado no paisagismo, o mandacaru também tem usos na medicina popular, onde o suco de seus ramos e a raiz são empregados no tratamento de problemas pulmonares e sinusite.
Finalmente, chegamos ao canteiro do Sistema Digestório, com a famosa espinheira-santa (Monteverdia ilicifolia), um arbusto nativo do sul do Brasil, é valorizada na medicina popular por seu uso no tratamento de problemas digestivos como gastrite, úlceras e azia. Suas folhas são a principal parte utilizada, e há diversas evidências científicas sobre suas propriedades anti-inflamatórias e protetoras da mucosa gástrica. Esta espécie também faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), que valida seu uso terapêutico no sistema público de saúde. No entanto, o uso da planta requer atenção: seu nome popular pode levar a confusões com outras espécies tóxicas, reforçando a importância de ter certeza da planta correta para evitar riscos à saúde.
Ao longo desses canteiros, você pôde notar a incrível precisão do conhecimento medicinal, mostrando a relação íntima entre as plantas e o nosso corpo.
Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs)
Este conjunto começa com as Plantas Alimentícias Não-Convencionais, ou PANCs. São espécies comestíveis que, apesar de não fazerem parte do nosso consumo diário, possuem um alto valor nutricional. O mais fascinante é que, para muitas comunidades, essas plantas são consideradas alimento-medicina, unindo nutrição e saúde em uma só espécie.
Um ótimo exemplo é a ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), planta volúvel a trepadeira, nativa do Brasil, conhecida por seu alto valor nutricional, sendo uma excelente fonte de proteína, fibras, vitaminas e minerais como ferro e cálcio. É importante notar que esse nome popular também é associado a outras espécies do gênero Pereskia, como a Pereskia grandifolia. Devido a essa riqueza, é popularmente chamada de “carne de pobre”. Suas folhas, flores e frutos são comestíveis e amplamente usados na culinária, especialmente em Minas Gerais. Na medicina popular, é empregada para combater a anemia e como anti-inflamatório e cicatrizante.
Ao lado, você verá a aroeira ou aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia), que também dá origem ao nome recente de pimenta-rosa, é uma planta nativa do Brasil com um uso medicinal e cultural amplamente documentado desde o século XVII na obra Historia Naturalis Brasiliae. Possui uma versatilidade, sendo utilizada em rituais espirituais, na medicina popular para tratar inflamações e feridas, e com evidências científicas sobre essas propriedades, compondo a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), e na gastronomia. No entanto, é preciso ter cautela, pois a planta pertence à mesma família do caju (Anacardiaceae), podendo causar reações alérgicas em pessoas sensíveis. Além disso, o consumo em excesso pode provocar desconforto. Vale ressaltar que o nome popular “aroeira” abrange outras espécies, como a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva).
Zonas de Trocas
Chegamos agora à última parte do nosso passeio!
Seguindo em frente, entramos na Zona de Trocas, um espaço que conta a história de como plantas de outras regiões do mundo, como a citronela da Ásia ou a pimenta-do-reino, foram incorporadas à nossa cultura.
A citronela (Cymbopogon winterianus) é uma planta herbácea da família das Poaceae, originária do sul da Ásia. Ela é amplamente conhecida por seu óleo essencial com um forte e agradável aroma cítrico, sendo seu uso mais popular como repelente de insetos. O cheiro da citronela mascara os odores que atraem mosquitos e outros insetos, tornando-se uma solução natural e eficaz. Além disso, a planta é utilizada em perfumes, sabonetes e velas, e também possui propriedades antifúngicas e anti-inflamatórias na medicina popular.
A pimenta-do-reino (Piper nigrum) é uma trepadeira nativa do sul da Índia e uma das especiarias mais antigas e valorizadas do mundo, tendo sido usada como moeda de troca em diversas civilizações. Embora seja um tempero global, sua chegada e popularização no Brasil são relativamente recentes: foi introduzida no estado do Pará a partir da década de 1930, por imigrantes japoneses que adaptaram seu cultivo ao clima amazônico. Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores da especiaria, que é consumida em grão, moída ou em pó, sendo um dos temperos mais versáteis da culinária mundial.
Neste setor, não deixe de notar a pitanga (Eugenia uniflora) no canteiro 32. Nativa do Brasil, suas folhas e frutos têm usos medicinais variados e o fruto é popular na nossa culinária.
A pitanga é um nome comum que se refere a diversas plantas, mas a espécie mais conhecida é a Eugenia uniflora, um arbusto nativo do Brasil, conhecido por seus frutos saborosos de cor vibrante. O uso da pitanga no país é tão antigo que já era documentado no século XVII na obra Historia Naturalis Brasiliae, ressaltando a sua importância na culinária e na medicina popular. O fruto, além de ser consumido in natura, é usado em sucos, geleias e doces. As folhas, por sua vez, são empregadas em chás com propriedades medicinais, principalmente como um anti-inflamatório e antioxidante. A planta é oficialmente reconhecida e faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).
Para fechar a caminhada, o canteiro Contribuição Brasileira destaca plantas como o caapi ou cipó-caapi, ou mariri (Banisteriopsis caapi), é uma liana (trepadeira lenhosa) nativa da bacia amazônica, reverenciada por diversos povos indígenas como uma planta sagrada e medicinal. Por séculos, ela tem sido o principal ingrediente da ayahuasca, uma bebida psicoativa usada em rituais de cura e comunicação espiritual. A eficácia da bebida reside na sinergia entre o caapi e outras plantas, como a chacrona ou rainha (Psychotria viridis), que é rica em DMT. Enquanto a chacrona contém a substância psicoativa, o caapi, com seus alcaloides, permite que o DMT se torne ativo quando ingerido, tornando a mistura funcional. Embora o cipó-caapi seja um elemento central em práticas espirituais e culturais, a ciência moderna o tem estudado ativamente. O uso e a pesquisa com o caapi e a ayahuasca são controlados e regulamentados, mas o interesse científico continua a explorar seus potenciais terapêuticos, especialmente no tratamento de depressão e transtornos de ansiedade.
Exposição
Para finalizar nosso passeio, vamos ao Setor Expositivo, onde fica a exposição permanente da Coleção.
Aqui, você é convidado a aprofundar o que viu nos canteiros, entendendo as definições de uma planta medicinal e a diferença entre fitoterápicos e fitofármacos. A importância das plantas para a saúde é um conhecimento ancestral que, hoje, é reconhecido e valorizado, inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que as considera uma fonte primária de cuidado para muitas comunidades em todo o mundo.
Reflexão - A Urgência da Conservação Biocultural
Para encerrar, queremos convidar você para uma reflexão.
A diversidade de plantas que você viu aqui é apenas uma amostra da riqueza inestimável da natureza. E a importância delas vai muito além dos saberes tradicionais.
As plantas continuam sendo uma fonte vital de pesquisa para a ciência ‘moderna’. Muitos dos medicamentos que usamos hoje têm sua origem nas plantas, e mesmo a tecnologia avançada ainda busca nas suas moléculas os modelos para a criação de novos remédios, essenciais para a prospecção de tratamentos para doenças atuais e futuras.
É exatamente por essa importância que a conservação é um tema de urgência.
As plantas medicinais e os saberes a elas associados estão seriamente ameaçados pela perda da vegetação em seus ambientes naturais. Ações como o desmatamento, o fogo e a mineração levam à extinção de espécies.
Ao perdermos nossas plantas, perdemos não apenas a biodiversidade, mas também conhecimentos ancestrais e um potencial farmacológico imensurável que ainda nem tivemos a chance de descobrir.
Que a sua visita inspire em você a consciência sobre a importância de proteger as plantas e os conhecimentos que elas guardam, ajudando a salvaguardar o nosso valioso patrimônio biocultural para as futuras gerações.